Serendipity

The laws of chance, strange as it seems,
Take us exactly where we most likely need to be
[David Byrne]

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Almocei com a Sam. Dada a frequência praticamente semanal dos nossos encontros, o programa poderia não parecer extraordinário. Mas é sempre.

A conversa começa instantaneamente e nunca acaba. Às vezes, passamos o tempo a saltitar de tema em tema. Outras vezes, não saimos do mesmo assunto até o virar do avesso.

Hoje, foi um bocadinho assim. A questão posta em cima da mesa até nem era uma estreia mas voltou à baila porque continuo um pouco aborrecida, triste, ou as duas coisas ao mesmo tempo.

Seguiu-se então um discurso bastante argumentado de ambas as partes que terminou com um brownie e um café. Suspirei: "E se fosse possível sabermos o que os outros pensam a nosso respeito? E se fosse possível, até, ouvirmos os seus pensamentos?" Pausa.

E a Sam sai-se com esta: "Foi a sinceridade. Foi a porra da sinceridade!"

Ri a bom rir. Reconfortada e divertida.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Do lado de cá

Aproveitei a hora de almoço e o sol de hoje para andar. A passo rápido e sem destino traçado.

Ao som da música de Jamie Cullum, desci o Chiado e percorri a Rua do Ouro até ao Terreiro do Paço que está intrasitável. Desviei então a rota para a Rua de S. Paulo até chegar ao Cais do Sodré.

Depois, fui parada pelo rio. Ainda bem. A vista é linda.

Não resisti e fiquei um bocadinho a olhar a outra margem... até ter de virar costas e subir a Rua do Alecrim, de regresso ao ponto de partida.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Cinema francês - Sugestões 3

Cinema francês - Sugestões 2

Cinema francês - Sugestões 1

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

«The Show», Lenka

Para a Meg:

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Experimentar o outro lado do pano

Estava eu a almoçar uma deliciosa massa com espinafres e natas e a ler as últimas páginas de um livro pelo qual me apaixonei, quando uma rapariga que não conheço de lado nenhum me interrompeu.

Com um sorriso bem disposto na cara, pergunta-me: "Está a ler Oliver Sacks?"

Ela achou graça ao facto de eu estar com um livro dele na mão porque tinha acabado de falar do autor à amiga que a acompanhava.

Eu achei a intromissão divertida. Estivemos uns minutos a conversar sobre o tema, tendo-me ela aconselhado a leitura de um outro título do famoso neurologista, A ilha dos daltónicos.

O que eu estava a acabar é O homem que confundiu a mulher com um chapéu (sendo que eu já encomendei outro, que se chama Um antropólogo em Marte).

Pouco depois da rapariga ir à vida dela, terminei a refeição e o livro. Cá fora chovia mas eu sentia-me bem.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Pronto socorro

À colher, claro.

Eu não tenho, infelizmente, as fabulosas qualidades mnésicas da Sam e, portanto, não é frequente lembrar-me de episódios da minha infância e adolescência com precisão suficiente para os poder relatar sem correr o risco de estar a contar uma história que pouco tem a ver com a realidade dos factos.

Em todo o caso, de vez em quando, lá me surge uma reminiscência ou outra. Uma delas está relacionada com um filme que vi em miúda (aos treze anos, talvez). A história impressionou-me de tal modo que o tempo foi passando sem eu nunca me esquecer daquele homem que de dia para dia ficava cada vez mais pequeno, ao ponto de viver numa caixa de fósforos.

Mas perdi a lembrança do título.

E hoje, decorridos mais de vinte anos, ao ler o colunista João Lopes (que tem ar de ser um dos fulanos mais sisudos do jornalismo português), o nome de um filme citado por ele chamou-me a atenção: The Incredible Schrinking Man. Fui bisbilhotar. É o tal! Sem sombra de dúvida. A preto e branco. De 1957. Realizado por um senhor chamado Jack Arnold.

Ainda me lembro de nessa ocasião, apesar de muito nova, ter ido sozinha ao cinema (um hábito que ainda hoje me dá prazer). Eu conhecia bem a sala que se situava a uns cinco minutos a pé da casa onde vivia e que tinha uma programação muito própria, não necessariamente alinhada com as estreias da altura.

Saí completamente desconcertada. É que o filme termina tão misteriosamente como começa, com umas nuvens no céu a moverem-se. Não se percebe muito bem o que acontece ao tal homem, parece que ele acaba por se desintegrar de tão minúsculo. É muito esquisito mas eu não achei mau. Além disso, os efeitos especiais pareciam bestiais para um filme tão antigo.

Enfim, isto não interessará nada mas soube-me bem recordar.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

David Byrne Bike Racks

Ainda há mais um giro que eu queria recomendar em Nova Iorque, apesar de já terem passado três meses. O objectivo será encontrar os suportes para estacionamento de bicicletas desenhados por David Byrne, oito deles espalhados por Manhattan e um colocado em Brooklyn. Apesar das instruções obtidas aqui, só localizámos seis suportes e ficámos convencidos que pelo menos um, o cifrão de Wall Street, já havia sido removido.

domingo, 10 de janeiro de 2010

2009 num instante (2)