Serendipity

The laws of chance, strange as it seems,
Take us exactly where we most likely need to be
[David Byrne]

domingo, 8 de novembro de 2009

Coney Island

Naquele filme «Eu Tenho Dois Amores» (bom filme mas não me lembro do título em português), eles vivem em Brooklyn e vão a um café ao pé da praia, onde se ouve Amália a cantar "Estranha Forma de Vida". Fui investigar e fiquei a saber que as filmagens passaram por Brighton Beach. Com a ajuda dos mapas do Google localizei esta praia, apercebi-me que ficava em Coney Island, que até tinha curiosidade em visitar, e descobri que está à distância de menos de uma hora de metro do centro de Manhattan.

Coney Island tem como imagem mais reconhecível o parque de diversões cujas primeiras atracções são do início do século passado. A roda gigante ainda em funcionamento é de 1918 e a montanha russa é de 1927.

Domingo, às 10 da manhã, a viagem numa carruagem de metro quase vazia e numa linha semi-expresso que a meio de Brooklyn segue à superfície, fez-se num instante. À chegada, logo à saída da estação, deparámo-nos com um mural lindo e gigantesco da autoria dos irmãos grafitistas de São Paulo conhecidos por Os Gémeos. Já no paredão junto praia, um passeio larguíssimo em parte revestido a tábuas de madeira mas também com ciclovia em cimento, a população era exclusivamente composta por russos desportistas de todas as idades. Fomos até à beira-mar, passando pela grande extensão de areia cinzenta, e percorremos a praia até à zona de Brighton Beach. Aqui chegados, voltámos para o paredão e tomámos um café num dos bares-restaurantes russos onde nativos mais idosos e menos desportistas engoliam copos de vodka num ápice. Pouco passava do meio-dia.