Serendipity

The laws of chance, strange as it seems,
Take us exactly where we most likely need to be
[David Byrne]

domingo, 30 de março de 2008

Fabrico Próprio

Li um artigo no jornal sobre a edição deste livro e dirigi-me de imediato à livraria mais próxima mas, afinal, só é lançado no dia 12 de Abril. Trata-se de um manual que irá responder a muitas das minhas dúvidas e angústias, além de providenciar informação utilíssima sobre este tema que me fascina, sobretudo pela sua extensão e absurda complexidade.

Aqui fica um pequeno comentário que escrevi há uns 3 anos:

    Pastelaria
    [ou Não era uma pata de veado, se faz favor]

    O que fazer quando os únicos bolos que se consegue identificar são palmiers e mil-folhas, e não nos apetece nem uma coisa nem outra? E quando se confunde sistematicamente merendinhas com milanezas, tendo, porém, a certeza que não gostamos mesmo nada de uma das referidas variedades? Aponta-se, claro. Não há problema nenhum.

    Assim fiz eu: dedo esticado do lado de cá da vitrina. Depois desinteressei-me do processo de embrulho e fiquei a olhar para o ar. Até que, ao meu lado, uma voz preocupada murmurou: “a senhora não pediu uma pata de veado*, pois não?”. “Err... eu queria um destes aqui” – voltei a apontar. “Pois, um jesuíta**. É que o empregado está a embrulhar-lhe uma pata de veado”.

    A solução, parece-me, passa por descer mais um quarteirão e comprar uma sandes.

* Começo a notar falhas no projecto "Fabrico Próprio": não é feita referência à pata de veado.
** Atentem às dimensões desta porção individual, uma das grandes vantagens da pastelaria portuguesa, embora nos Estados Unidos lhe chamassem meia dose.

quarta-feira, 26 de março de 2008

«Foundations», Kate Nash

A vida é difícil, já dizia o Scott Peck.

quinta-feira, 20 de março de 2008

Férias da Páscoa (parte 1)

Está a parecer-me que ainda não é desta que vou conseguir estrear o meu novo bikini e arranjar um tom de pele aceitável.

Não interessa. Sei que poderei ler o jornal com calma pela manhã, deliciar-me com um excelente arroz de tamboril e conversar até à exaustão.

Sam, muito obrigada pelo convite e, pelo sim, pelo não, põe a gabardine na mala.

quarta-feira, 19 de março de 2008

Dia do pai

Volto a seguir a sugestão da RFM mas com revelações menos traumatizantes, espero. Desta vez, perguntam o que é que o pai mais repetia, qual a sua frase típica com que não se cansava de nos encher os ouvidos.

Vasculhei os confins da memória até ter sido atingida por um raio:

“Não arrastes os pés!”

terça-feira, 18 de março de 2008

O meu autocarro

My baby wears his heart on his sleeve
He wears a look on his face that says please please please
(love it) Everything he wants (love it) everything he wants
I just can't hesitate when he wants what he wants

[de «Romeo», Donna Summer]

quinta-feira, 13 de março de 2008

«Romeo», Donna Summer

Entretanto, regressei à ginástica após um longo intervalo.

terça-feira, 11 de março de 2008

Análise psicométrica

Num universo de 112 e-leitores (média) reunimos oito votos. Desses oito, um não conta que é o meu, destinado a dar o exemplo na defesa da opção “o Pap’açorda é razoavelzinho” (pelo menos). Temos, portanto, que a abstenção é a grande vencedora com uma percentagem absolutamente disparatada que me dispenso de calcular.

Por outro lado, dos sete votantes, seis escolheram a única resposta do tipo boca foleira. Assim, e com base nesta sólida amostra, resulta demonstrado que:

    (i) A esmagadora maioria da população não responde a sondagens; e
    (ii) A franja da sociedade que responde a sondagens é anti-sistema por natureza e visa sobretudo abardinar.

Por fim, é de notar que houve um voto na opção “O XL dá dez a zero ao Pap’açorda”. Desconfio que é da autoria de certo e determinado comensal do passado Sábado.

domingo, 9 de março de 2008

The Cure

Este concerto não era para velhos: três horas de Cure! Felizmente somos todos novíssimos, a começar pelos artistas. Aqueles senhores são mesmo muito tímidos, actuaram a noite inteira em contraluz e o Robert Smith dirigiu, por junto, umas três ou quatro frases ao público, das quais eu não compreendi uma única. Mas o concerto foi muito bom, o som estava excelente, o homem tem uma voz ao vivo que surpreende.

Apesar da história do contraluz, consegui vê-los bem no ecrã da máquina do rapaz que estava à minha frente. Estive para lhe perguntar se tinha um blogue onde eu depois pudesse ver aquelas filmagens e as fotos, mas não tive coragem. Que bela máquina! A minha não vale nada, tenho de a trocar.

[Em menos de 24 horas já temos uns quantos vídeos no youtube.]

Pub

Ao mesmo tempo e no mesmo sítio em que a Huma lançava os seus frutos desidratados, o anúncio de um outro lançamento despertou-me a atenção: MindSpace, o 1º espaço de flutuação em Portugal.

Tive uma conversinha com o Pedro, que vai abrir este espaço ao pé do Príncipe Real, e quase nem o deixei falar com o meu entusiasmo pelas flutuações (desde aqui). Diz que irá abrir no próximo mês de Abril, na Rua Ruben A. Leitão, nº 17-B, em Lisboa, e quem quiser mais informações pode escrever para info@mindspace.pt.

Pub (institucional)

A Huma lançou-se no fabrico e comercialização de produtos alimentares. Os produtos em causa – frutas e legumes desidratados (maçã, pêra, banana, courgette, tomate) – já os consumimos há bastante tempo e até já os vendíamos entre amigos. A grande novidade é a colaboração com uma “produtora” com muita pinta: a Santiago Foods, que os transformou em produtos gourmet, promovendo “os saberes e sabores de Portugal”, e que os irá divulgar e distribuir em lojas especializadas. Vai ser um sucesso.

O lançamento foi ontem. Logo que haja mais informação (como locais de venda, que me parece ser uma referência importante) voltarei ao assunto.

Vertigem

Dá-me algumas tonturas, um desequilíbrio, mas nunca achei que tivesse vertigens, tal é a minha atracção pelas alturas. Só que há outra definição de vertigens, esta mais parecida com a sensação com que eu fico à beira do precipício. Embora não vá ao ponto de lhe chamar “vontade de voar”, diria que é, pelo menos, uma certa tentação de saltar.

la vertigine non è
paura di cadere
ma voglia di volare

[de «Mi Fido Di Te», Jovanotti]

sexta-feira, 7 de março de 2008

A arte de procrastinar

I learned how to procrastinate in law school, I perfected it as I practiced law, and now I am an expert. [John Grisham em entrevista à TIME de 25 de Fevereiro]

Trata-se de uma aprendizagem tardia. A mim só me custaram aqueles primeiros anos na primária em que a professora ainda acreditava que eu faria os trabalhos de casa.