Serendipity

The laws of chance, strange as it seems,
Take us exactly where we most likely need to be
[David Byrne]

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Eu não vi nenhum dos filmes de Ingmar Bergman

RICHARD CORLISS: If someone who hadn't seen any of his films asked you to recommend just five, what would be your Bergman starter set?
WOODY ALLEN: The Seventh Seal, Wild Strawberries, The Magician, Cries and Whispers and Persona.
[mais]

Fica aqui, para não se perder, a lista de Bergmans para principiantes.

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Indispensáveis #12

É verdade que são Giorgio Armani com armações de massa em vermelho escuro e lentes verdes. Foram-me oferecidos há cinco anos (sou muito estimadinha) mas este Verão receberam um importante upgrade: lentes graduadas. O que, aliás, nos leva à conversa do oftalmologista. Fui lá depois de um interregno de sete anos sem usar óculos (antes disso punha-os de vez em quando) e do exame concluiu-se que estou a ver melhor. O doutor que, por ter herdado os clientes do pai, tem a minha ficha desde os meus 4 anos de idade, viu-se à míngua de argumentos para o uso de óculos. Facilitei-lhe o trabalho informando que me tinham oferecido umas armações lindas de massa em azul escuro e que nada me impedira de experimentar o novo look.

O Segredo

"O Segredo" é apenas uma versão actualizada de "Os Dez Anõezinhos da Tia Verde-Água".

domingo, 2 de setembro de 2007

EPC

O arquivo disponibilizado on line pelo Público não contém todas a crónicas. Passo a reproduzir aquela que me ficou marcada na memória.

Quisera Eu
Por EDUARDO PRADO COELHO
Segunda-feira, 12 de Janeiro de 2004

Entro na Universidade Nova, nas instalações da Avenida de Berna, e desde o portão que uma composição de rectângulos escritos invadiu obsessivamente as paredes. Podemos ler: "Quisera eu ser o Pedro/Desta Inês tão galante/Do meu castro seres rainha/Ser teu cavaleiro andante". O que nos começa por impressionar é o modo insistente como esta mensagem ocupa todo o espaço. Os cartazes contra as propinas desapareceram, bem assim como as respectivas assembleias-gerais que pretendem mobilizar as massas contra elas. Desapareceram os anúncios das conferências, as mensagens de alarme pelos cães que podem ser abatidos em canis dos arredores de Lisboa, os quartos para alugar, as excursões de fim de curso, os colóquios sobre Adorno e a música, os protestos contra a penalização do aborto, desapareceu tudo.

Só existe uma coisa: alguém gostaria de ser o Pedro de uma Inês. Procuro informar-me: há explicações de todo o tipo. Tratar-se-ia de publicidade a um espectáculo, ou de uma tentativa de arranjar frequentadores para um laboratório de dicção poética. Ou então - dizem outros - de uma mensagem de alguém que foi pedir autorização à Associação de Estudantes para encher a Faculdade de Ciências Sociais e Humanas com este apelo (que tem uma discretíssima assinatura em baixo, do lado direito: "F."). Deve ser naturalmente um aluno de Letras, um fervoroso leitor das antologias de Vasco Graça Moura, um amante dos clássicos. Só alguém com este perfil escreveria fórmulas como "quisera eu...". Só alguém que viu os espectáculos de Ricardo Pais imaginaria ser um amante de Inês. Só alguém que lê a poesia do século XVI seria capaz de ir buscar a palavra "galante" para dirigir um galanteio, numa época em que a acção directa parece ter substituído o culto das mediações. Só alguém que ama as palavras poderia dizer que esta Inês é "de Castro", porque esse alguém pretendia que ela fosse rainha do seu castro. Só alguém que é filho de um leitor do "Cavaleiro Andante " (essa revista dos anos 50, com banda desenhada em folhetim, que hoje se vende como preciosidade nos alfarrabistas, como fiquei a saber por uma reportagem do "magazine cultural" da 2:, coordenado, no que diz respeito a livros, por Pedro Mexia) poderia desejar ser um novo "cavaleiro andante".

Aceitemos como boa a última hipótese, uma vez que todas as outras simulam que ela é que é a boa. O que nos seduz é, não apenas a elegância da mensagem, mas a contida desmesura do gesto: tornar pública uma paixão, recobrindo-a do anonimato mais austero e cultural, deixar que alguém entre na Faculdade e se reveja de surpresa em todas as paredes, e apostar que deste modo o coração cede e o amor vence para além da morte. Não ficou inscrito na casca de uma árvore (não fui verificar tronco por tronco), aceitou a sua efemeridade frágil, mas tornar-se-á inesquecível. Esperemos que Inês diga que sim, e que mais tarde, num momento de impaciência ou de cansaço, quando estiver prestes a ser agressiva, se recorde que "numa manhã de Inverno o meu nome foi escrito, lido, transmitido e envolvido de paixão, num encadeamento sem fim, num segredo mais transparente do que a própria luz". Espero que tu leias assim, o que lá está escrito, em silêncio, sobre o que lá está escrito.

sábado, 1 de setembro de 2007

10 filmes, 10 cineastas da vida dos meus dias - 10

Ridley Scott. Principalmente, por causa deste fabuloso fime.

10 filmes, 10 cineastas da vida dos meus dias - 9

Laços de Ternura é o meu best of da categoria drama, drama. Já o vi vezes sem conta e provoca-me sempre um inevitável ataque de choro.

10 filmes, 10 cineastas da vida dos meus dias - 8

Walt Disney. Sou fã desde sempre. O primeiro filme que me recordo de ir ver ao cinema foi este, o maravilhoso Bambi.

Hoje em dia, sempre que estreia mais um, lá vou eu. Continuo a gostar imenso de desenhos animados e fico satisfeita pela Pixar ter surgido e ter vindo dar uma lufada de ar fresco ao império do Mickey.