Serendipity

The laws of chance, strange as it seems,
Take us exactly where we most likely need to be
[David Byrne]

sábado, 14 de outubro de 2006

A ópera

Por sugestão da Huma, fui à ópera pela primeira vez. A escolhida foi «La Gioconda» de Ponchielli no Metropolitan Opera de Nova Iorque, Met para os íntimos (Lincoln Center). A ópera não faz o meu género, embora goste bastante de algumas árias. Tem muita gritaria (que heresia!). A Huma diz que se pode aprender a gostar. Há anos que estou para aprender a gostar de uma série de coisas, como vinho ou filmes do Manoel de Oliveira, mas não consigo convencer-me a ir às aulas.

A história é uma tragédia em quatro actos (e quatro horas) que termina com o suicido da pobre Gioconda. Tem um bailado soberbo, ali chamado “Dance of the Hours” (aqui mais conhecido pelo “Nuno do Brincando aos Clássicos da Ana Faria”). Diz quem sabe que a encenação e a interpretação foram absolutamente ortodoxas.

Os americanos que não estavam de t-shirt envergavam uns tafetás ultrapassados e smokings coçados. Os poucos estrangeiros distinguiam-se à légua. Gostei do espectáculo e da experiência.