Serendipity

The laws of chance, strange as it seems,
Take us exactly where we most likely need to be
[David Byrne]

sexta-feira, 30 de setembro de 2005

Et patati et patata

C'est étrange, je ne sais pas ce qui m'arrive ce soir
Je te regarde comme pour la première fois
Encore des mots toujours des mots les mêmes mots
Je ne sais plus comment te dire
Rien que des mots
Mais tu es cette belle histoire d'amour que je ne cesserai jamais de lire
Des mots faciles des mots fragiles, c'était trop beau
Tu es d'hier et de demain
Bien trop beau
De toujours ma seule vérité
Mais c'est fini le temps des rêves
Les souvenirs se fanent aussi quand on les oublie

Tu es comme le vent qui fait chanter les violons et emporte au loin le parfum des roses

Caramels, bonbons et chocolats
Par moments, je ne te comprends pas
Merci pas pour moi mais,
Tu peux bien les offrir à une autre
Qui aime le vent et le parfum des roses
Moi les mots tendres enrobés de douceur
Se posent sur ma bouche mais jamais sur mon cœur

Une parole encore

Paroles et paroles et paroles
Écoute-moi
Paroles et paroles et paroles
Je t'en prie
Paroles et paroles et paroles
Je te jure
Paroles et paroles et paroles et paroles
Paroles et encore des paroles que tu sèmes au vent

Voilà mon destin te parler, te parler comme la première fois
Encore des mots toujours des mots les mêmes mots
Comme j'aimerais que tu me comprennes
Rien que des mots
Que tu m'écoutes au moins une fois
Des mots magiques des mots tactiques qui sonnent faux
Tu es mon rêve défendu
Oui, tellement faux
Mon seul tourment et mon unique espérance
Rien ne t'arrête quand tu commences
Si tu savais comme j'ai envie d'un peu de silence

Tu es pour moi la seule musique qui fait danser les étoiles sur les dunes

Caramels, bonbons et chocolats
Si tu n'existais pas déjà... Je t'inventerais
Merci pas pour moi mais,
Tu peux bien les offrir à une autre
Qui aime les étoiles sur les dunes
Moi les mots tendres enrobés de douceur
Se posent sur ma bouche mais jamais sur mon cœur

Encore un mot, juste une parole

Paroles et paroles et paroles
Écoute-moi
Paroles et paroles et paroles
Je t'en prie
Paroles et paroles et paroles
Je te jure
Paroles et paroles et paroles et paroles
Paroles et encore des paroles que tu sèmes au vent

Que tu es belle
Paroles et paroles et paroles
Que tu es belle
Paroles et paroles et paroles
Que tu es belle
Paroles et paroles et paroles
Que tu es belle!
Paroles et paroles et paroles et paroles
Paroles et encore des paroles que tu sèmes au vent.

[«Paroles», letra e música de Michaele, M. Chiosso e G. Ferrio, interpretação de Dalida e Alain Delon (1973)]

quinta-feira, 29 de setembro de 2005

Quase famosa

Já contei, a propósito do videoclip de «Forever More» dos Moloko, que tive aulas de dança no liceu, onde também interpretei umas coreografias nas festas anuais. Destas festas, calhou ter apanhado uma das mais importantes de todas: a de comemoração dos 50 anos do colégio.

A "gala" teve lugar no Teatro Maria Matos. No palco dancámos «Slave to Love» de Brian Ferry e «These Arms of Mine» de Otis Redding.

Quando agora recordo as coreografias executadas e as músicas, a ideia mais marcante é que aquilo tudo foi muito "sexy", o que, ao mesmo tempo, me parece impossível porque eu tinha 12 anos. Mas sei que nas duas semanas seguintes fui famosa lá na escola e mereci a especial atenção dos alunos repetentes da minha turma, que habitualmente não ligavam nenhuma a "criancinhas".

quarta-feira, 28 de setembro de 2005

Nunca digas nunca

Ainda não acredito que fui de facto inscrever-me.

Separados à nascença

Brian Ferry e Pedro Barjona

Diz-lhe

Andava há uns dois meses a dar-lhe a entender o meu interesse por ele. Na altura ouvia repetidamente o disco da banda sonora do «Big Chill». Resolvi fazer exactamente como a música mandava e disse-lhe.

I know something about love: you've gotta want it bad
If that guy's got into your blood, go out and get him
If you want him to be the very part of you
That makes you want to breathe, here's the thing to do...

Tell him that you're never gonna leave him
Tell him that you're always gonna love him
Tell him, tell him, tell him, tell him right now!

[de «Tell Him», The Exciters]

terça-feira, 27 de setembro de 2005

Vida de mãe - episódio 22 (Cont.)

Decorridas três semanas, acho que posso afirmar que a integração do meu filho na escola nova foi concluída com sucesso.

Depois de vários dias angustiantes, reconheço com alegria que o miúdo anda bem disposto, já tem amigos, parece gostar da educadora e acha graça ao seu regresso a casa de carrinha. Contudo, tenho a perfeita noção que os bons resultados se deveram principalmente à sua manifesta capacidade de adaptação.

É verdade que, pelo meio do caminho, houve algumas conversas com a educadora e com a directora da secção infantil e que elas até demonstraram preocupação e empenho mas tenho a perfeita noção que a troca de pontos de vista não resultou numa mudança de mentalidades.

Foi uma luta quando podia ter sido um trabalho de equipa. A escola devia ter tornado os primeiros dias de aulas numa descoberta lúdica e assistida e não obrigar as crianças a confrontarem-se sózinhas com uma realidade nova, desconhecida e, por isso mesmo, também assustadora.

Enfim, só espero que depois desta primeira experiência pouco prometedora, possa ainda vir a constatar a qualidade da escola e a enaltecer quem a dirige e quem lá trabalha.

segunda-feira, 26 de setembro de 2005

Dedicado a Fátima Felgueiras

[Ou assim como Aveiro é a Veneza de Portugal]

No canal Sam, a melhor interpretação de "Don't Cry For Me Argentina". The truth is she never left us.

It won't be easy, you'll think it strange
When I try to explain how I feel
That I still need your love after all that I've done
You won't believe me
All you will see is a girl you once knew
Although she's dressed up to the nines
At sixes and sevens with you
I had to let it happen, I had to change
Couldn't stay all my life down at heel
Looking out of the window, staying out of the sun
So I chose freedom
Running around, trying everything new
But nothing impressed me at all
I never expected it to
Don't cry for me Argentina
The truth is I never left you
All through my wild days
My mad existence
I kept my promise
Don't keep your distance
And as for fortune, and as for fame
I never invited them in
Though it seems to the world they were all I desired
They are illusions
They're not the solutions they promised to be
The answer was here all the time
I love you and hope you love me
Don't cry for me Argentina
The truth is I never left you
All through my wild days
My mad existence
I kept my promise
Don't keep your distance
Have I said too much?
There's nothing more I can think of to say to you
But all you have to do is look at me
To know that every word is true

Ser activa é...

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Trocar impressões sobre animais selvagens.

Um filmezito sem gelo, sff

[A propósito deste post (leiam, leiam) que apanhei aqui.]

Ao comprar bilhetes para o cinema, podíamos pedi-los para a sala 1, 2 ou 3 e por aí adiante, no horário pretendido. Ultimamente têm aparecido outras variantes, como as salas VIP ou os lugares desse mesmo estatuto. Mas agora já é possível comprar bilhetes para a William Lawson’s, o novo nome da sala 4 do Monumental. Caso esteja para breve o patrocínio individual a cada cadeira, gostaria de sugerir o contacto com a Ligne Roset que tem os meus fauteuils, e também canapés, preferidos.

Já agora: evitem o «She Hate Me».

sexta-feira, 23 de setembro de 2005

Dê cá uma beijoca

No final de uma reunião de trabalho, depois de ter estado a discutir produtos, segmentos e margens, fui brindada com esta frase. Ainda por cima, proferida num tom pseudo-paternalista e meio snob. Um vómito.

Working outside

Por exemplo, lavando estátuas.

Working in an office

Especialmente para a Raquel, responsável pelas variações mais estrambólicas dos nomes de toda a gente.

When you go in, in the morning you say “Hi” to everyone and for some reason throughout the day you have to continue to greet these people. All day. Every time you see them. I mean you walk in and say "morning Bill, morning Bob, how you doing? Fine". Ten minutes later you see him in the hall, "How ya doin'?". Every time you pass you gotta come up with another little greeting. You start racking your brains. You do the little eyebrow: "Hey". You start coming up with nicknames for them: "Jimbo."

[Seinfeld, 2ª época, «The Revenge»]

quinta-feira, 22 de setembro de 2005

Uma questão de epiderme

Com nova pele: Estado Civil.

quarta-feira, 21 de setembro de 2005

Os benefícios da aprendizagem

Pelos vistos, o vazio actual faz parte da lição.

Parece que era necessário entender que não morremos - no sentido literal do termo - quando não somos amados. É chato, é triste, pode até ser desesperante mas não é fatal.

Que bom. Agora, que me tornei numa mulher instruída, tenho a enorme vantagem de conseguir constatar que ainda faço parte do mundo dos vivos.

terça-feira, 20 de setembro de 2005

Faz de conta

Se eu não fizesse mais nada do que escrever aqui, quase sempre que mudasse de música sairia um texto sobre os "filmes" que me ocorrem com cada uma delas, misturado com relatos de factos longínquos da minha vida. Mas não é só por falta de tempo. São também as "dificuldades do pensamento visual" que não me ajudam a converter os filmes em palavras. A partir desta música sairiam rios de tinta.

if this world is wearing thin
and you're thinking of escape
i'll go anywhere with you
just wrap me up in chains
but if you try to go alone
don't think i'll understand

stay with me, stay with me

in the silence of your room
in the darkness of your dreams
you must only think of me
there can be no in between
when your pride is on the floor
i'll make you beg for more

stay with me, stay with me

you better hope and pray
that you'll make it safe
back to your own world
you better hope and pray
that you'll wake one day
in your own world

cos when you sleep at night
they don't hear your cries in your own world
only time will tell if you can break the spell
back in your own world

stay with me, stay with me

[«Stay», Shakespears Sister]

Katrina

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segunda-feira, 19 de setembro de 2005

They’re on to me

Ou, citando Bart Simpson: I didn’t do it. You can’t prove it.
Your Inner Child Is Angry
You're not an angry person. But when you don't get your way, watch out. Like a very manipulative kid, you will get what you want. Even if it takes a little kicking and screaming.
Via Aniversariante-Todos-os-Dias. Parabéns!

Praia das Rocas

Um esforço exemplar para dar a volta a um concelho que foi à falência com a crise dos têxteis. Sinto um gosto especial por se tratar de uma iniciativa da autarquia e fico feliz por saber do sucesso que tem tido.

"A Praia Fluvial das Rocas é um complexo de lazer situado num lago com quase 1Km de extensão, no coração da Vila de Castanheira de Pera.

Ocupando uma área de cerca de 10 hectares ao longo da Ribeira de Pera, que abastece a praia com as suas límpidas e puras águas, o complexo conta com um piscina circular de 7.000 m2 e uma piscina de ondas com 2.100 m2 (a maior do país)."

[Mais aqui]

Parabéns, miúda !

Durante vários anos, a diferença de idades e o meu egocentrismo inviabilizaram uma relação muito próxima com a minha irmã mais nova.

A minha irmã do meio fez ao longo de algum tempo as vezes de irmã mais velha e houve até quem temesse nunca virmos a ter uma grande ligação afectiva.

Felizmente, o tempo e a vontade de ambas transformaram um relacionamento pouco íntimo numa amizade indispensável.

Ela fez ontem 25 anos. No meio da confusão da festa, esqueci-me de lhe dizer que a adoro, que a admiro e que lhe agradeço todo o carinho e atenção que ela tem dispensado ao meu filho e a mim.

sexta-feira, 16 de setembro de 2005

Pub

Appetites de Lisboa. Gasta-se 50 euros para ganhar 750 euros de refeições grátis em alguns dos melhores restaurantes da cidade.

A segunda ninhada já vem a caminho

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Este é o Louie, um dos três primeiros gatinhos nascidos em casa da minha mãe.

Acho muito estranho que em querendo fazer um post que seja só título esgotando os caracteres permitidos para o efeito ele desapareça ao fim de algum

tempo. Isto é um teste.

quarta-feira, 14 de setembro de 2005

É uma festa

Apenas um dos meus irmãos ainda não tinha sido tema de qualquer post. Tem 13 anos e anteontem criou um blog. Deve ter sido incentivado pelo pai.

My Belly

Touch if you will my belly*
Feel how it trembles inside
You've got the butterflies all tied up
Don't make me chase you
Even doves have pride.
*como canta a Patti Smith, por ser mais adequado ao fim a que se destina.

[desenho de Chris Appelhans: mouse over image and click the little expand icon if your browser resizes the image to fit]

terça-feira, 13 de setembro de 2005

Os contos de fadas (ou O Instituto Alemão)

[Comecei ontem a ler o livro «Psicanálise dos Contos de Fadas» (de Bruno Bettelheim), oferecido nos anos por alguém que me conhece.]

Durante a 4ª classe, ao longo desse ano lectivo, tive aulas no Instituto Alemão. O horário era pós-escolar, pelas cinco ou seis da tarde. No entanto, como o Instituto estava aberto à noite, eu ficava por lá até às oito e tal, hora a que me iam buscar.

O Instituto Alemão tinha umas instalações excelentes. Gostava imenso das horas que lá passava mesmo sem aulas, ou especialmente sem aulas. Lembro-me muito bem dos radiadores do aquecimento central, do conforto das salas, da extrema limpeza das casas-de-banho. E lembro-me, em particular, da principal atracção: a biblioteca.

A biblioteca tinha pouquíssimos livros em português. Ao fim de um mês já tinha lido demasiadas vezes aqueles que me interessavam: todos os de contos dos Irmãos Grimm e de Hans Christian Andersen. Em compensação, dispunha também de pontos de escuta de música com auscultadores.

Era com imensa relutância que pegava num livro em alemão, a menos que tivesse mais desenhos do que palavras. Para aprender alemão já me bastavam as aulas. Aquelas eram horas de lazer.

Um dia deparei-me com um novo livro de contos mas em alemão. Peguei nele sem a mínima intenção de o ler, só para o ver ao pormenor. A sensação era de aflição: aquelas histórias todas ali na minha mão e eu sem poder lê-las. Analisei demoradamente as páginas ilustradas e depois comecei a dar atenção ao texto. Em cada frase percebia duas ou três palavras. Resolvi tentar compor as histórias a partir das palavras soltas e com a ajuda das ilustrações. Cheguei a levar o livro para casa, mas desisti ao fim de umas 10 ou 15 páginas, completamente exausta.

segunda-feira, 12 de setembro de 2005

Já não se fazem pedidos de casamento como dantes

I've got the brains, you've got the looks
Let's make lots of money
You've got the brawn, I've got the brains
Let's make lots of -
I've had enough of scheming and messing around with jerks
My car is parked outside, I'm afraid it doesn't work
I'm looking for a partner, someone who gets things fixed
Ask yourself this question: do you want to be rich?
I've got the brains, you've got the looks
Let's make lots of money
You've got the brawn, I've got the brains
Let's make lots of money
You can tell I'm educated, I studied at the Sorbonne
Doctored in mathematics, I could have been a don
I can program a computer, choose the perfect time
If you've got the inclination, I have got the crime
Oh, there's a lot of opportunities
If you know when to take them, you know?
There's a lot of opportunities
If there aren't, you can make them
Make or break them
I've got the brains, you've got the looks
Let's make lots of money
Let's make lots of -
(Aahhhhh) Money
(Aahhhhh)
(Aahhhhh - Di du da di da bu di ba)
You can see I'm single-minded, I know what I could be
How'd you feel about it? Come and take a walk with me
I'm looking for a partner, regardless of expense
Think about it seriously, you know it makes sense.
[«Opportunities», Pet Shop Boys (1986)]

Saber dar a mão à palmatória

Para mim, a melhor candidata à presidência da Câmara Municipal de Lisboa é Maria José Nogueira Pinto.

Segui atentamente os seus frente a frente com os outros candidatos e acho que ela os ganhou todos.

Ao contrário dos seus adversários, domina todos os dossiers. É segura, frontal e até incisiva quando é preciso e apresenta um programa estruturado, realista e pragamático.

Além disso, tem mais uma enorme vantagem em relação a Manuel Maria Carrilho e Carmona Rodrigues, é que não é demagoga.

[Há muito tempo que não via debates tão bem conduzidos e com tanto conteúdo. Honra seja feita ao apresentador da SIC Notícias.]

Aposto que o maradona ainda não se levantou da cama

O homem é um verdadeiro fenómeno mas depois de perder o tie break, não se podia esperar outra coisa senão a vitória do Federer.

domingo, 11 de setembro de 2005

Compatibility of George W. Bush with Sam

Physical 96% - Emotional 94% - Intellectual 13% - Overall 68%
[gráficos e demais fundamentação científica aqui]

O Formulário

Manuel Graça Dias usou de um expediente sem interesse nenhum para não responder ao Formulário da GR. De qualquer forma, no seu textinho pseudo-dissidente escreveu que “na próxima edição gostaríamos de contar com a sua colaboração” para completar as 17 frases do costume. Ora, eu até conheço umas figuras mais ou menos públicas e pessoas importantes, portanto decidi aceitar o convite. Esforcei-me por ser sincera e só por isso levei imenso tempo para arranjar respostas verosímeis.

SEMPRE QUE POSSO trabalho um bocadinho. Mas não há tempo para tudo.
UM DEFEITO QUE EU TENHO É aquilo das orelhas desniveladas.
DESCONFIO QUE A MINHA MAIOR QUALIDADE É a altura. E não foi fácil aqui chegar.
TENHO A MANIA DE, no restaurante, não deixar ninguém escolher o mesmo prato do que eu.
O MAIOR ERRO DA MINHA VIDA FOI o meu primeiro namorado.
GOSTAVA DE SER PARECIDA COM a perfeição.
MANDASSE EU NO MUNDO E os fins-de-semana tinham três dias.
TENHO-ME ESQUECIDO DE ir a casa dos meus avós.
TEMO BEM QUE já não venha a ser cantora.
GOSTARIA DE TER CORAGEM PARA dizer o que penso a certas e determinadas pessoas.
JÁ NÃO HÁ PACHORRA. Ah pois não! Isso era antigamente é que havia.
SE HÁ COISA QUE ME ENFURECE é filas de espera. E estacionamento em segunda fila.
NÃO CONSIGO MESMO RESISTIR A uma montanha russa assustadora.
FICO EMBARAÇADA SEMPRE QUE sou apanhada desprevenida.
COMOMOVO-ME FACILMENTE QUANDO ouço música.
DESATO A RIR QUANDO não devo. É fatal como o destino.
A MAIOR ALEGRIA QUE ME PODIAM DAR ERA o meu vencimento mensal sem ter de trabalhar.

sexta-feira, 9 de setembro de 2005

Introducing

James Blunt: um rapaz giro a valer.

Emotional Eating

"If I eat something fattening early, my diet is off for the rest of the day".

Tal e qual.

Parabéns

I'm getting sick of pretending to be excited every time it's somebody's birthday, you know what I mean? What is the big deal? How many times do we have to celebrate that someone was born? Every year, over and over... All you did was not die for twelve months. That's all you've done, as far as I can tell.

[Seinfeld, do episódio «The Outing»]

quinta-feira, 8 de setembro de 2005

So self aware, so full of shit (2)

Graham - Well, I've been watching you. I've watched you eat, I've watched you speak, I've watched the way you move, and I see somebody who is extremely conscious of being looked at. I think you really believe that people are looking at you all the time. And you know what?
Ann - What?
Graham - They are looking at you.

[de «Sex, Lies and Videotape», Steven Soderbergh (1989)]

Pub

Flower de Kenzo

Vamos lá ver se não lhe acontece como ao Light Blue, vítima de excesso de exposição.

Vida de mãe - episódio 22

O primeiro dia de escola dos nossos filhos é um momento importante, gerador de ansiedades, dúvidas e expectativas para eles e para nós também.

Por muita preparação e conversa que tenha havido sobre o tema, as crianças (e os pais) nunca estão completamente descontraídos e seguros na hora em que entram pela primeira vez na sala de aula.

É tudo novo, ou melhor dizendo, é tudo desconhecido: a educadora, os colegas, o espaço, o ambiente. E por isso mesmo, é evidente que as crianças necessitam de um período de adaptação durante o qual, na companhia dos pais, descobrem em segurança, os cantos à casa.

No entanto, hoje de manhã, confrontei-me com uma realidade bem diferente. Em vez de convidarem os pais a ficarem um bocadinho na sala, a educadora e as auxiliares arrancavam os miúdos dos seus colos e mandavam-nos embora, apesar do choro e dos gritos.

O meu filho não fugiu à regra e depois de um primeiro momento de aparente integração, ao ver-me sair, começou a chorar. Não queria ficar sozinho. E eu, em vez de poder contar com a ajuda da educadora, tive de lutar contra a insistência dela. Ela queria que eu saísse, deixando o miúdo desconfortável num sítio estranho e com alguém que nunca tinha visto antes.

Lá consegui ficar mais um tempinho que eu sei não ter sido o suficiente.

Acabei por me ir embora enervada e desiludida com estes técnicos que se agarram a um método pedagógico da idade da pedra para, em detrimento do equilíbrio emocional das crianças, não terem o trabalho adicional de gerir uma maior e natural desorganização causada pela presença dos adultos.

Hoje à tarde, quando o for buscar, vou ter uma conversa com a educadora e fazer o possível para que a experiência de hoje não se repita amanhã. Não quero ser cúmplice desta maneira abrutada de fazer as coisas.

quarta-feira, 7 de setembro de 2005

So self aware, so full of shit

Humans have a unique ability to split in two and both act and stand back to watch themselves acting – and it is out of this division that reflexivity emerges. But the sickness that is excessive self-consciousness lies in an inability ever to fuse together the separation of viewer and viewed, the inability ever to engage in an activity and at the same time forget one is engaged in it. It's like the cartoon character who quite happily runs off a cliff and does not fall until the moment when he becomes self-conscious that there is no ground beneath him – at which point he shoots down to his death. How lucky the spontaneous person appears next to the self-conscious one, free as they are of the subject/object separation and of the lingering sense of a mirror or third eye forever questioning, evaluating or simply watching what the central self is doing.

[de «Essays in Love», Alain de Botton. O título é de «Come Undone», Robbie Williams]

terça-feira, 6 de setembro de 2005

Alma de criada

Um jardim em cada bairro

No fim-de-semana, dei de caras com a frase mais demagógica desta campanha eleitoral escarrapachada num cartaz rosa fluorescente. Senti-me insultada. Apesar de ter graça, nem sequer me deu vontade de rir.

Irritada, resolvi consultar o site do Professor Carrilho para ver como é que esta promessa trágico-cómica era sustentada. À falta de programa, acabei por ler o seu discurso de apresentação. Escusado será dizer que não fiquei minimamente esclarecida, apenas cansada de ler tanta banalidade junta.

Resolvi então assistir ao frente a frente de ontem com o Sá Fernades para saber o que tinha o Manuel Maria a dizer sobre bairros e jardins.

Não só não disse nada de relevante como ainda levou uma tareia do seu adversário. Uma lástima.

Sétimo céu

Piove

Quando chove penso logo que, ao contrário do que sempre digo, me vou apaixonar ao virar da esquina. Mas agora, ao contrário de antes, tenho a música. E faz diferença, torna tudo possível.

segunda-feira, 5 de setembro de 2005

Fora de época

Era uma vez os três, os famosos moscãoteiros...


You're Juliette! You might look as if butter wouldn't melt in your mouth, but in fact you're brave, clever and resourceful. Friends know they can trust you with their most important secrets; enemies underestimate you at their peril.

Which Muskehound are you?

[Via SR]

Charlie and The Chocolate Factory

A Sam obrigou-me a ir ver este filme. Eu não estava nada in the mood. Fez bem. É pura e simplesmente espectacular. Para quem gosta de Tim Burton, claro.

E eu fui

Vila Nova de Milfontes, 03-09-2005

Em brasilês

A minha opinião sobre a Clara Ferreira Alves flutua ao sabor das crónicas no Expresso e das suas aparições na televisão. Às vezes, gosto, outras vezes, nem por isso.

Esta semana, adorei. Vale a pena ler a Pluma Caprichosa da última revista Única. Um texto ao mesmo tempo divertido e acutilante.

Aqui fica um excerto: "Em brasilês, Lula fica porque é Lula e não tem mais Lula depois de Lula nem do polvo do PT, e eles ficam senão o povo brasileiro fica orfão. E Lula, abrindo pró povo seu "coração de mãe", fica dizendo que não foi ele, foi o outro. Pode? Incluso, ele se sente perseguido e diz que não vai se matar, não vai renunciar, não vai embora. Também ajuda ele o fato, não confundir com terno, de ele ser uma cara com cara de homem honesto, lulíssimamente honesto. O polvo é (são?) os outros, sempre".

sexta-feira, 2 de setembro de 2005

Em casa de ferreiro, espeto de pau

Muitas vezes, são as pessoas mais próximas de nós e de quem mais gostamos que nos sentenciam.

Sem querer, sobrepõem as suas experiências pessoais aos aspectos concretos da nossa realidade.

Julgam-nos em vez de fazerem um esforço para nos perceber e aceitar. Não fazem perguntas mas impõem soluções.

Querem o nosso bem, claro, mas à conta de não gostarem de conviver com o nosso status quo, empurram-nos para uma saída, mesmo depois de termos explicado que ainda nos estamos a preparar para dar o salto.